IGREJA BRASILEIRA DE VITORIA DIOCESE DE VITORIA/ES 

Presença no Espirito Santo
Presença no Espirito Santo


BREVE HISTÓRIA DA ICAB.


 

A Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) é uma dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana, criada a 6 de julho de 1945 no Brasil, por Dom Carlos Duarte Costa, Bispo de Maura, extinta cidade africana.

História

Houve várias tentativas de fundar uma Igreja católica nacional no Brasil. Na Confederação do Equador, o Frei Caneca fez sua proposta, durante o período regencial, pelo padre Diogo Antônio Feijó, que era contra o celibato clerical. O intelectual Rui Barbosa defendia essa idéia. Também em 1912, o cônego Manuel Carlos de Amorim Correia, pároco de Itapira, no estado de São Paulo, foi excomungado e iniciou a Igreja Católica Nacional, todavia foi morto em circunstâncias suspeitas.

A Igreja Católica Apostólica Brasileira foi fundada pelo bispo D. Carlos Duarte Costa, antigo bispo Católico Romano da Diocese de Botucatu. Destituído dessa diocese por motivos administrativos, ele foi designado como bispo titular de Maura, uma extinta diocese do Norte da África. D. Carlos era um duro crítico do regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários. Também pregava contra a doutrina da infalibilidade papal e a favor de uma atitude liberal quanto ao divórcio e a liberdade para os clérigos se casarem, e também defendia e realizava todos os atos litúrgicos em língua vernácula, em nosso caso, em português.

Em 1944 foi preso por ordem do governo, a pedido do núncio apostólico, meses depois por pressões internacionais encabeçadas pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt e pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill fizeram com que o governo federal o libertasse. Em 1945, D. Carlos denunciou uma alegada Operação Odessa, segundo ele organizada pelo Vaticano para permitir a fuga de oficiais nazistas. D. Carlos ignorou a excomunhão e, em 6 de julho de 1945, no Rio de Janeiro, fundou juridicamente a Igreja Católica Apostólica Brasileira, ocasião em que foi excomungado pelo Papa Pio XII. Semanas depois, especificamente em 18 de agosto lançou o "Manifesto à Nação".

D. Carlos ordenou como bispo um mês depois a D. Salomão Barbosa Ferraz, que uniu sua Igreja (fundada em 1936) com a ICAB. Em 1949, o Presidente Eurico Gaspar Dutra tentou limitar a ação da ICAB e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal que negou Segurança à Liberdade Religiosa e a legalidade da ICAB. Dom Carlos, depois da decisão do STF, adaptou as vestes, a liturgia, e as práticas públicas da nova Igreja e continuou sua tarefa de criar, sustentar e difundir uma igreja popular e nacional.

Vários foram os padres e bispos ordenados por D. Carlos Duarte Costa e pela ICAB no Brasil e exterior, todos eles excomungados (não confirmado) automaticamente no ato da ordenação, como prevê o Código de Direito Canônico, sendo o primeiro dele, o ex-pastor presbiteriano e depois anglicano e ainda mais tarde fundador da Igreja Católica Livre do Brasil, Dom Salomão Ferraz. Dom Salomão foi sagrado por Dom Carlos Duarte Costa em 1945, mas, em 1959, foi reconciliado e aceito na Igreja Católica Apostólica Romana pelo Papa João XXIII, e foi bispo conciliar de Concílio Vaticano Segundo.

Com Dom Salomão Ferraz, vieram alguns padres e muitos fiéis que integravam a sua Igreja Católica Livre do Brasil, entre eles o padre Geraldo Albano de Freiras, que na década de 80, já como bispo, se tornou o principal teólogo e historiador da ICAB ligado, que escreveu entre outros os livros: Igreja Brasileira, Abençoada Rebeldia- 1987 e Sob o Signo da Liberdade, Fragmentos da História e Argumentos Teológicos da ICAB - 1988 ambos editado pelo CET-ICAB, Centro de Estudos Teológico da ICAB.

Depois da morte de D. Carlos em 1961 surgiram várias disputas que levaram à efetivação de dissidências, a essa época D. Salomão Ferraz já havia passado à Igreja Católica Apostólica Romana, que reconheceu e acatou a validade da sua ordenação episcopal. D. Carlos Duarte Costa foi canonizado pela ICAB no Concílio de 1970 com o título de São Carlos do Brasil.

Atualmente, a chefia da ICAB é exercida por bispos reunidos em Concílio, denominado Concílio Nacional, presidido por Dom Josivaldo Pereira de Oliveira, também conselheiro presidente do Conselho Episcopal. Possui 48 bispos atuando em 38 dioceses, servindo quinhentos mil fiéis.

Pioneirismos e ideologia

A Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) foi a pioneira em:

Abolir o uso da batina fora dos cultos, atos litúrgicos e missas. Isto significa que, fora das missas o padre e o bispo deveriam usar a veste civil (opcional nos dias atuais).

Abolir o latim dos cultos, atos litúrgicos e missas, passando ao uso do idioma nacional.

Ministrar o Santo Sacramento do Matrimônio para os desquitados e, posteriormente, para os divorciados. Com a devida comprovação.

Abolir o celibato clerical obrigatório, isto é, passou a permitir o casamento dos padres e bispos.

Abolir a confissão auricular obrigatória (no ouvido do padre. Na ICAB, a confissão é feita diretamente a Deus) já que temos a confissão dos pecados no rito da Santa Missa.

Assumir compromisso explícito com a superação das condições de pobreza e miséria do povo;

Na ICAB não há cursos para batismos e casamentos. Os ministros destes sacramentos fazem uma simples pregação a respeito da importância do ato sacramental pouco antes de o ministrarem e logo em seguida formalizam o rito de acordo com a matéria, forma e intenção.




Rua Nara Leão, 58 Jardim Limoeiro - Serra/ES Tel (27) 99872-7627
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora